O sentido da responsabilidade na moral sexual cristã | Palavra do Fundador - Outubro

"Amor e Responsabilidade" de Karol Wojtyla (2/2) - São João Paulo II

 

Introdução

Nesta introdução, é necessário analisar o significado de certas palavras, e é isto que faremos com a palavra "voluptuosidade", utilizada pelo autor várias vezes.

Karol Wojtyla chama o impulso sexual de "voluptuosidade", que para ele significa a busca do prazer em vários graus de valor: prazer físico, moral, intelectual, espiritual...

Como descobrimos na primeira parte do livro "Amor e Responsabilidade", Karol Wojtyla reitera o que já salientou sobre o "prazer, gozo", usando a expressão "voluptuosidade". Na sua opinião, caso se considere o impulso sexual como essencial à voluptuosidade, nega-se a existência da interioridade da pessoa.

"E ela [a pessoa] que se torna a fonte essencial do prazer multiforme e da voluptuosidade. (…) Uma pessoa (do sexo oposto) não pode representar para outra somente um meio que sirva para alcançar o fim do prazer sexual."2 "Parece certo que o campo sexual e um dos que mais oferecem ocasiões para que as pessoas, mesmo inconscientemente, se sirvam de outras como objeto."3

Um outro termo que deve ser analisado no comportamento descrito pelo nosso autor é o significado de " hedonismo". Diz-se que o hedonista, num entendimento comum, é uma pessoa que, "nas suas ações ou na sua teoria, apresenta o prazer como o

bem supremo". Hedonismo: do grego antigo: " hēdone" que significa: "prazer" mais o sufixo "ismos", em latim "ismos" que significa: "um comportamento".

O hedonismo é também uma doutrina filosófica atribuída a Aristipo de Cirene, filósofo grego de Cirene na Líbia, discípulo de Sócrates no século V a.C. É uma doutrina segundo a qual "a busca do prazer e o evitar do sofrimento constituem o objetivo da existência humana".

Karol Wojtyla usa a palavra "hedonismo". Citamo-lo na sua própria definição da palavra, ou seja, como parte de atitudes "utilitaristas"4:

"Com efeito, o hedonismo teórico e prático e o resultado final do Subjetivismo no amor. Então, não só tais estados, mas também o prazer que os acompanha, e que dominam o conjunto dos fatos, e, sobretudo, dos princípios que decidem do amor verdadeiro. O prazer torna-se o valor supremo e absoluto ao qual tudo deve ser subordinado, porque ele e que constitui o critério interno dos atos humanos. Isto recorda as opiniões utilitaristas criticadas no primeiro capitulo I."

Podemos encontrar um hedonismo de concepção filosófica, mas também podemos encontrar uma espécie de hedonismo instintivo e irrefletido daqueles e daquelas que se permitem navegar de um prazer para outro, vagueando em busca de desejos confusos e permanecendo sempre insatisfeitos.

Nas palavras de Karol Wojtyla, podemos assim decifrar uma cascata comportamental. Ela pode ser chamada de "utilitarismo" e corre nesta direção:

individualismo subjetividade

hedonismo egoísmo

Contudo, esse movimento atua efetivamente, como um verdadeiro circuito fechado.

"Os sentimentos (…) não sendo dirigidos, orientam indiretamente o sujeito para a busca do prazer e da voluptuosidade. Então, o amor e julgado e apreciado em função do prazer que produz. Destas formas de subjetividade, e sobretudo da segunda, nasce o egoismo."6

"O subjetivismo dos valores propõe-nos outra sugestão: 'e bom o que e agradável'. A tentação do prazer e da voluptuosidade substitui então a visão de uma felicidade verdadeira."7

Responsabilidade: um elemento essencial da moral sexual

Karol Wojtyla, citando Sigmund Freud, afasta-se da concepção do psicanalista do termo "libido-trieb". Este termo surge da palavra alemã "trieb" que significa "impulso" (derivada do latim "pulsio"). É uma expressão freudiana usada em 1905 no livro dos "Três Ensaios sobre a Teoria da Sexualidade"8. "Freud — escreve Karol Wojtyla — fala sobretudo do impulso para a deleitação (libido-trieb), e não do impulso sexual. Este termo derivado da palavra latina libido (a deleitação que emana do uso), foi utilizado por Sigmund Freud na sua interpretação do impulso sexual. (...) O que mais nos interessa aqui e que, segundo essa concepção [freudiana], o impulso sexual, e essencialmente uma tendência para a voluptuosidade. Este modo de ver as coisas resulta de uma concepção fragmentaria e puramente subjetiva do homem."9

"Convém acrescentar que a interpretação libidinosa esta, na moral, em estreita correlação com a atitude utilitarista. Trata-se, neste caso, do segundo significado

da palavra 'gozar', isto e, daquele do qual ja dissemos que tem claramente caracter subjetivo e, precisamente por este motivo, traduz com maior evidencia o fato de

tratar a pessoa unicamente como um meio, como um objeto de prazer. O desvio baseado na libido e, pois, uma forma evidente de utilitarismo."10

"Se, pelo contrário, se considera o impulso sexual essencialmente como uma tendência para a voluptuosidade, nega-se por isso mesmo a existência da interioridade da pessoa.(…) O sujeito dotado de uma 'interioridade' como a do homem, sujeito que e uma pessoa, não pode deixar ao instinto toda a responsabilidade do impulso, não pode tender só para a voluptuosidade. E necessário que assuma a plena responsabilidade pelo uso que faz do próprio impulso sexual. Esta responsabilidade e o elemento essencial da moral sexual."11

Na união sexual, o objetivo não é (apenas) o prazer

Karol Wojtyla reconhece o valor e o prazer da relação sexual no seio da relação conjugal, mas não pode considerar isto como o objetivo essencial e principal desta união. Caso contrário, corre-se o risco de provocar, mais cedo ou mais tarde, uma certa desilusão.

"A mulher e o homem podem ser um para o outro uma fonte de prazer sexual, e de diversas vantagens, mas nem o prazer sozinho, nem a voluptuosidade sexual, podem ser um bem que una e ligue as pessoas por muito tempo, como notou justamente Aristóteles. Se na origem do seu 'amor reciproco' ha só o prazer ou a vantagem, a mulher e o homem só estarão unidos por todo o tempo em que permanecerem sendo um para o outro uma fonte desse prazer ou dessa vantagem.

No próprio momento em que deixarem de sê-lo, a razão do seu 'amor' desaparecera e com ela a alegria da reciprocidade."

Para o autor, o que deve ser honrado e reconhecido no amor é a grandeza de cada pessoa, a reciprocidade no seu amor conjugal e a busca do bem comum.

"O amor esponsal, que leva consigo uma necessidade interior de dar a própria pessoa ao outro, necessidade que se cristaliza entre a mulher e o homem também no abandono carnal e nas relações sexuais, possui uma grandeza natural. Esta grandeza mede-se pelo valor da pessoa que se da e não pela intensidade da voluptuosidade sexual que acompanha o abandono'."

Mas como podemos estar conscientes de não ultrapassar certos limites comportamentais nas relações sexuais, mesmo dentro de uma situação totalmente legítima e sadia? "Utilizando o impulso sexual e que o homem toma posição, correta ou incorretamente, em relação aos fins objetivos do seu ser, sobretudo dos ligados a este impulso. Este possui um carater existencial, e Não exclusivamente libidinoso. O homem não pode procurar nele só a própria libido, sem se renegar a si mesmo. O sujeito dotado de uma 'interioridade' como a do homem, sujeito que é uma pessoa, não pode tender só para a voluptuosidade. E necessário que assuma a plena responsabilidade pelo uso que faz do próprio impulso sexual. Esta responsabilidade e o elemento essencial da moral sexual."14

 

É uma questão de ser humilde perante a realização do amor humano e na sua feliz realização: "O corpo deve ser humilde perante a felicidade humana. Quantas vezes ele pretende ser o único a possuir a chave do seu mistério! A felicidade identifica-se então com a voluptuosidade, com a soma de prazeres que, nas relações entre o homem e a mulher, são proporcionados pelo corpo e o sexo."15 Para o nosso autor, se considerarmos a pessoa como um sujeito unicamente sensibilizado aos estímulos sexuais que provocam prazer, esta concepção, mesmo que seja vivida de forma involuntária, reduz a pessoa ao nível do sensual e instintivo, do biológico e animal.

E vivendo assim, esta pessoa não procurará realizar qualquer tipo de renúncia e ascese. O que irá acontecer com sua vida cristã, em resposta aos conselhos evangélicos? Uma vez que a atitude normal do seu ser será procurar aquilo que corresponde positivamente à sua sensibilidade instintiva, tendendo a evitar todas as penas, exigências e contrariedades nas suas relações. "Muito diferente e o caso do homem, cujo comportamento correto em relação aos mesmos fins e determinado pela razão que dirige a vontade. E por isso que tal atitude adquire um valor moral".16

A realização da humanidade depende da consciência e da responsabilidade de cada um

Karol Wojtyla declara: "Ora, nesta vida, ou nesta coexistência, todos devem incessantemente pretender, com consciência e responsabilidade, o bem fundamental de cada um e de todos que é a realização da 'humanidade', ou seja, do valor da pessoa humana".17

A responsabilidade do homem diante da sua tendência sexual

"E aqui que a liberdade humana encontra a Tendência", diz o autor.

Quando hoje falamos de "tendência sexual" não a usamos, necessariamente, no mesmo sentido que Karol Wojtyla, ou seja, "tendência natural, de uma inclinação dirigida ao sexo oposto"18.

"O homem não é responsável pelo que 'sucede' nele no campo sexual — na medida em que não foi ele a provoca-lo — mas é plenamente responsável pelo que 'faz' neste campo."19

É interessante considerar a definição de Karol Wojtyla de "tendência sexual":

"A tendência sexual e a fonte do que 'sucede' no homem, dos diversos acontecimentos que tem lugar na sua vida sensorial ou afetiva sem a participação de sua vontade."20 "Isto prova que ela faz parte do ser humano como um todo, e não só de uma das suas esferas ou faculdades."21 "Como abrange todo o homem, ela tem o caráter de uma forca, que se manifesta não só através do que 'sucede' no corpo do homem, nos seus sentidos ou nos seus sentimentos, sem a participação da vontade, mas também através do que se realiza com o concurso desta."22

As duas expressões utilizadas pelo autor, "impulso sexual" e "tendência sexual", são duas realidades diferentes ou são a mesma realidade? Encontramos a explicação, que une a compreensão de Wojtyla na mesma realidade:

 "Podemos, pois, verificar que a realidade chamada ‘impulso’ ou 'tendência sexual' não e radicalmente obscura, nem incompreensível, mas, pelo contrario, e acessível e se deixa captar pelo pensamento humano (sobretudo pelo pensamento fundado na Revelação), o qual, por sua vez, e a condição do amor em que se exprime a liberdade da pessoa."23

De acordo com Karol Wojtyla, o sexo e a tendência sexual não pertencem apenas ao domínio da psicofisiologia humana. O impulso sexual tem a sua importância objetiva na medida em que está ligado à obra divina da Criação e não apenas à ordem biológica.

"O impulso sexual humano difere do do animal, que da origem a procedimentos instintivos, ditados exclusivamente pela natureza. No homem ele esta por natureza subordinado a vontade e, por isso mesmo, sujeito ao dinamismo especifico da liberdade. Pelo ato do amor, a tendência sexual transcende o determinismo de ordem biológica. Por esta razão as suas manifestações no homem devem ser avaliadas no plano do amor, e os atos que dai derivam são objeto de uma responsabilidade, sobretudo da responsabilidade pelo amor. Isto e possivel porque, psicologicamente, o impulso sexual não nos determina totalmente, mas deixa um campo de ação a liberdade do homem."24

Responsabilidade pelo amor e a importância da escolha

O título do livro de Karol Wojtyla "Amor e Responsabilidade" encontra-se neste capítulo25, em toda a sua força. Porque no amor há uma responsabilidade, assumida pela pessoa que amamos, numa comunhão de vida e de ação, graças ao dom de si mesmo.

Existe, antes de mais, "uma escolha". Este capítulo do livro pode ser de grande importância para os que acompanham os casais de noivos, tendo em vista a sua preparação para o compromisso definitivo no sacramento do matrimônio.

"A responsabilidade no amor reduz-se, comovemos, a responsabilidade pela pessoa, deriva desta e retorna a ela. Precisamente por esta razão, e uma responsabilidade imensa. Mas só pode compreender a sua importância aquele que possui a plena consciência do valor da pessoa. Aquele que só e capaz de reagir aos valores sexuais, mas não vê os da pessoa, será levado a confundir sempre o amor com o erotismo, complicara a sua vida e a dos outros, privando-os e privando a si mesmo, no fim das contas, do verdadeiro significado e do verdadeiro 'gosto' do amor."26

É a responsabilidade pessoal amorosa que "alarga o Eu" para considerar a outra pessoa (o seu cônjuge) como um bem único.

"Este 'gosto' e inseparável do senso de responsabilidade Para com a pessoa, responsabilidade feita de Preocupação pelo seu bem autentico, quinta-essência do altruísmo e sinal infalível de uma certa dilatação do meu 'eu' e da minha existência, aos quais vem juntar-se outro 'eu' e outra existência, que me são tão íntimos como os meus."27

"O senso da responsabilidade que se assume para com outra pessoa, muitas vezes não está isento de preocupacao, mas nunca e desagradavel em si mesmo, nem doloroso. Porque o que constitui a sua substancia nao e uma limitacao nem um empobrecimento do ser, mas, ao contrario, o seu enriquecimento e expansao."28

Quanto mais o sujeito se sente responsável pela pessoa amada, mais amor verdadeiro há nele. Pelo contrário, um amor que recusa esta responsabilidade manifesta a sua própria negação, o que é inevitavelmente egoísta.

O autor explica: dado que o caminho natural do amor conduz a um dom e pertença recíprocos de pessoas, este caminho deve necessariamente passar, para ambos, pela escolha da pessoa para quem o amor esponsal e o dom de si próprio serão dirigidos.

"Uma tal escolha tem a importância e o peso do ser resultado final: escolhe-se a pessoa e, com ela, a forma esponsal do amor, dom reciproco de si. E escolhe-se a pessoa para encontrar nela, por assim dizer, um outro 'eu'; e como se se escolhesse a si mesmo na outra pessoa e a outra em nós mesmos. E importante, por isso, que a escolha tenha um caráter verdadeiramente pessoal e que possua, ao mesmo tempo, o cunho de uma autentica relação de pessoas. Duas pessoas só podem pertencer uma a outra se, objetivamente, se sentem bem-estando juntas."29

O amor é inacessível a seres mutuamente impermeáveis

O ser humano é sempre uma pessoa, e para que viva com outro ser humano e sobretudo, para que viva através dele e para ele, deve encontrar-se constantemente neste outro e encontrá-lo constantemente em si mesmo.

"O amor e inacessível aos seres reciprocamente impenetráveis; só a espiritualidade e a interioridade das pessoas podem criar condições de compenetração reciproca, em que esses seres possam viver um no outro e também um para o outro."30

Quais seriam os critérios para a "psicologia de escolha"?

Karol Wojtyla, certamente em contato com os casais que ele próprio acompanhou na Polônia, ousou se questionar: "Que elementos psicofisiologicos determinam que duas pessoas se sintam atraídas uma para a outra, gostem de estar juntas e pertencerem-se?"31 O autor pergunta: "Ha, em tudo isto, regras e princípios gerais derivados da estrutura psicofisiologica do homem? Qual e a parte dos elementos somáticos e constitutivos e em que medida o temperamento e o caráter influem tambem?"32

 

Apesar de todas as tentativas de uma resposta geral que poderia ser evocada, o autor afirma: "A escolha permanece aqui um mistério da individualidade humana. Não há regras neste campo; a filosofia e a moral devem a sua autoridade de mestras da sabedoria vital precisamente ao fato de não procurarem esclarecer estes problemas senão na medida em que podem efetivamente ser esclarecidos."33

 

"As ciências particulares, como a fisiologia, a sexologia ou a medicina deveriam adotar o mesmo princípio, ajudando assim, ao mesmo tempo, a filosofia e a moral a desempenharem sua função pratica."34 Partindo "das premissas de um empirismo razoável",

Karol Wojtyla observa, em relação a esta escolha:

"A escolha da pessoa de outro sexo, que vai ser objeto do amor esponsal – e que, em virtude da reciprocidade, será também co-criadora do amor – deve apoiar-se em certa medida nos valores sexuais. (…) Estes, como sabemos, estão ligados não só a impressão que produz o corpo enquanto possivel objeto de gozo, mas também ao

conjunto da impressão produzida pela pessoa do sexo oposto: pela masculinidade de um, pela feminilidade da outra.”35

"Esta segunda impressão tem maior importância e, do ponto de visto cronológico, aparece primeiro: a juventude sadia e não depravada descobre, através dos valores sexuais, antes de tudo uma pessoa de sexo diferente e não um corpo enquanto possivel objeto de gozo. Quando sucede o contrário, temos um caso de depravação, que torna difícil o amor e, sobretudo, a escolha da pessoa."36

Certamente, como sublinha o autor: "Na escolha da pessoa, os valores sexuais não podem desempenhar o papel de motivo único, e nem sequer, – acrescenta ele – o papel de motivo principal"37. Isto seria contrário ao próprio conceito de escolha

pessoal. O próprio dom de si no amor esponsal implica uma escolha. "Se os valores sexuais fossem o motivo único ou mesmo principal, não se poderia falar de escolha da pessoa, mas apenas da escolha do sexo oposto, representado por uma pessoa ou simplesmente por um corpo, objeto possivel de gozo. Aparece, portanto, inteiramente claro que o valor da pessoa ha de ser o motivo principal da escolha."38

O fato da escolha da pessoa amada ser ditada principalmente por valores, garante "ao amor a sua estabilidade. Porque, se os valores sexuais se transformam

e ate desaparecem, o valor essencial, o da pessoa, permanece sempre.".39 Publicada em 1943, a história sobre "O Pequeno Principe" continua a desafiar-nos, especialmente as palavras da raposa com as suas mais legítimas interpretações: "Agora que me cativaste, es responsável por mim."40. "A raposa calou-se e considerou por muito tempo o príncipe: — Por favor... cativa-me disse ela. — Bem quisera, disse o pequeno príncipe, mas eu não tenho muito tempo. Tenho amigos a descobrir e muitas coisas a conhecer. — A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. O homem não tem mais tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, o homem não tem mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me! (…)" 41 A raposa continuou: "Eis o meu segredo. E muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial e invisível para os olhos."42

Medite a Palavra do Fundador com este Salmo: Salmo 16(15), 2-6

"Guarda-me, ó Deus,

pois eu me abrigo em Ti.

Eu disse ao Senhor; És Tu o meu Senhor:

minha felicidade não está em

nenhum destes demônios da terra.

Eles se impõem a todos os que os amam,

multiplicam seus ídolos, correm atrás deles.

Jamais derramarei suas libações de sangue,

nem porei seus nomes em meus lábios.

Senhor, minha parte na herança e minha

taça, és Tu que garantes a minha porção;

o cordel mediu para mim um

lugar delicioso, sim, é magnífica

a minha herança.

Bendigo ao Senhor que me aconselha, e,

mesmo à noite, meus rins me instruem.

Coloco o Senhor à minha frente sem cessar,

com Ele à minha direita eu nunca vacilo.

Por isso meu coração se alegra,

minhas entranhas exultam

e minha carne repousa em segurança;

pois não abandonarás minha vida no Xeol,

nem deixarás que teu fiel veja a cova!

Ensinar-me-ás o caminho da vida, cheio

de alegrias em Tua presença e delícias

à Tua direita, perpetuamente."

Assista a formação deste mês de outubro: